A recompensa da Cruz



Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. (Hebreus 12:1,2)

“Jesus suportou a cruz alegremente” Essa é uma declaração surpreendente, pois mesmo em meio a dores ele conseguiu suportar a cruz com alegria. Suportou a cruz não apenas porque três dias depois ele ressuscitaria dos mortos, mas por minha causa e sua causa. Ela via “ a Recompensa da Cruz”. Que recompensa da Cruz é essa? As recompensas são:

I.  Assentar-se com ele no seu Trono – Apocalipse 3:21  

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.  

Todas as promessas descritas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse estão destinadas “ao Vencedor”. Vencedor de quê? 

•  Vencedor do Mal – Romanos 12:21
•  Vencedor da Morte – I Coríntios 15:54
•  Vencedor do Mundo – I João 5:4
•  O diabo e seus anjos – Apocalipse 12:10,11

Lembrando sempre que A nossa vitória está em Jesus – I Coríntios 15:57.

II.  Reger as nações com vara de ferro – Apocalipse 2:26,27 

Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro;

Essa promessa é destinada ao Senhor Jesus Cristo. Ele é o cavaleiro “Fiel e Verdadeiro” de
Apocalipse 19 a quem os exércitos do céu seguiam e quem  regerá as nações com vara de ferro (Apocalipse 1:10-20; 19:11-15).

Essa promessa vem desde o Antigo Testamento (Salmo 2:9). Sendo exclusivamente sua, ele decidiu reparti-la conosco, pois  se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará. (2 Timóteo 2:12)

Nós, os salvos, julgaremos até mesmo os anjos (1 Coríntios 6:3). Ele nos deu autoridade como se vê em Lucas 10:19 sobre “tronos, soberanias, principados, autoridades” (Colossenses 1:16), sobre “principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso, as forças espirituais do mal” (Efésios 6:12).

Sendo ele chamado de Rei dos reis e Senhor dos senhores, é claramente visto que ele nos fez “reis e sacerdotes para seu Deus e Pai” (Apocalipse 1:6).

 III.  Tornar-se filho de Deus – João 1:12,13; Gálatas 4:7

De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.

Cabe bem aqui a nota esclarecedora que o Pr. Claudionor de Andrade traz em seu “Dicionário Teológico (pág. 160)”:

Filiação – [Do lat. Filiatione] Vínculo que a geração biológica cria entre filhos e seus genitores. No campo espiritual, a filiação do homem em relação a Deus se dá quando o pecador arrependido recebe a Cristo Jesus como o seu único e suficiente Salvador (Jo 1:12) Ou seja:a partir de sua conversão, passa o homem a desfrutar plenamente da natureza divina. Este é o milagre operado pelo novo nascimento. Acerca da sublimidade da regeneração, a Bíblia de Estudo Pentecostal é bastante esclarecedora: “O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne. Logo, embora a ligação entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (Rm 8:13). Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida na terra; fé demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5:9; 2 Tm 2:12)”
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Cabe bem esclarecer que cremos que todos sem Jesus são criaturas de Deus (Efésios 2:12) e que nos tornamos seus filhos ao recebermos como nosso Senhor (João 1:12,13).

IV.  Libertação da opressão do pecado – Romanos 6:6

Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo trata o pecado de certa forma como uma personalidade que assume o controle do nosso físico (Romanos 7:15-24). E ele diz que a única forma de ser vitorioso sobre o pecado é através da morte (Romanos 6:7). E Cristo ao morrer na cruz nos incluiu nele (conhecido como “morte Vicária”). Quando nos batizamos, estamos dizendo ao mundo que nos identificamos com Cristo na sua morte e na sua ressurreição, portanto, o pecado não tem mais domínio sobre nós (Romanos 6:1-4).

Poderíamos ficar toda a vida aqui falando das benesses da Cruz. Mas para finalizarmos de modo satisfatório, tomaremos o entendimento que a bíblia tem da Cruz:

I Coríntios 1:18 – “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”

Para o perdido – LOUCURA
Para o Salvo – PODER

Todo o Poder de Deus (revelado no evangelho – Romanos 1:16,17) está acessível a você pela cruz.  Por isso, o apóstolo Paulo dizia: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. – Gálatas 6:14.

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