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Um cristianismo além da Reforma

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Aproximamo-nos de 502 anos de Reforma Protestante e tem muita gente que acha que esse evento é o suprassumo do cristianismo. O que proponho a escrever hoje é sobre um cristianismo além e anterior à Reforma. A Reforma é, sem dúvida, um evento importantíssimo, porém, estritamente Ocidental. O cristianismo oriental foi pouco afetado por esse evento. Essa é a razão pela qual digo que há um cristianismo além da Reforma. Comecemos pela origem: O Cristianismo antigo, o cristianismo apostólico. I.                    O Cristianismo apostólico Mosaico do Cristo Pantocrator (Cristo todo-Poderoso) O cristianismo antigo era simples e poderoso. Os discípulos davam testemunho de Cristo onde fossem e esse foi o maior ímpeto missionário da época. A perseguição nos primeiros vinte anos de cristianismo foi o propulsor da mensagem. Espalhados pelo mundo afora, os cristãos pregavam a mensagem da...

Reforma Protestante: Teologia de Martinho Lutero - Comemoração 499 anos.

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499 anos de Reforma: A teologia de Lutero Estamos às portas de comemorarmos quatrocentos e noventa e nove anos de Reforma e para tanto abordaremos nesse pequeno artigo o objetivo teológico de Martinho Lutero ao sustentar firme a causa reformatória. Oswald Bayer, ministro luterano e estudioso de Lutero define o consolar consciências atemorizadas como um dos muitos objetivos da teologia reformatória de Martim Lutero [1] . Lutero viveu numa época em que a humanidade sentia ansiedade em relação ao destino e à morte, culpa e condenação e vazio e falta de sentido existencial espiritual [2] .  O pavor da morte era tal que João Capistrano chegou a levar uma caveira para o púlpito e pregar sobre a iminência e força da morte. A situação era tão grave que no século XIV anunciou-se que se praticava canibalismo, tamanha era a crise agrária. Violavam-se túmulos para comer carnes dos mortos pelos pobres na Polônia e Silésia [3] . Nesse sentido o Lutero católico era filho de s...

ACASO VERSUS DESÍGNIO DIVINO

 Os judeus, ao contrário dos seus vizinhos pagãos, não acreditavam em sorte, azar, acaso, acidente ou contingências. Eram os filisteus e não os israelitas que afirmavam que as coisas poderiam acontecer ao acaso (1Sm. 6:9). Para os judeus, Deus traçara planos para as nações e homens e o cumprimento desses planos era inevitável. Os propósitos divinos não poderiam ser frutados por homem nenhum (Jó 42:2; Pv. 19:21; Is. 14:27; 43:13; 46:10-11). Os autores do Antigo Testamento sempre descreveram eventos aparentemente fortuitos como meios pelos quais Deus realizou seu propósito. Assim, o amalequita que vageava ao acaso no monte Gilboa foi aquele que encontrou e matou o agonizante Saul , cumprindo, assim, a determinação do Senhor de castigar o rei por ter consultado a médium (2Sm. 1:6-10; 1Cr. 10:13). Ao encontrar casualmente um leão, o homem de Deus foi atacado pelo animal e morreu, e a profecia lançada contra ele foi cumprida (1Rs 13:21-24). O arqueiro que atirou sua flecha ao acaso a...