Sola Scriptura: Passando pelo crivo da Palavra de Deus
O apóstolo Paulo diz que toda
Escritura tem a função de ensinar, repreender, corrigir e educar os eleitos de
Deus. Essa foi a grande redescoberta de Jerônimo Savonarola, dos Valdenses, dos
reformadores e precisa ser a nossa redescoberta novamente. Pois o Evangelho
pregado hoje está eivado de misticismo. O Evangelho de hoje está adulterado,
mercadejado.
Algumas provas cabais que o evangelho
pregado atualmente está eivado:
1. Cada
um pensa o que quer
Quando a Escritura diz que na
Igreja Primitiva era uma só a mente dos discípulos. Todos tinham a mesma forma
de pensar. Quando a Escritura diz: “Todos tenham o mesmo sentimento, tenham um
mesmo parecer”.
Isso se deve em parte as Escolas
de Interpretação de Alexandria e Antioquia. A escola Alexandrina interpretava
as Escrituras alegoricamente, já a Escola Antioquena interpretava
histórico-gramaticalmente.
Cada método de interpretação trouxe um entendimento diferente
das mesmas passagens bíblicas, gerando assim conflitos hermenêuticos que
perduram atualmente. A situação agravou-se tanto que em 1054 houve a separação
definitiva da Igreja em dois ramos: O ramo Ortodoxo Oriental (grega) que
prioriza o método alegórico e o ramo Latino (católico romano) que mistura um
pouco de ambos, posteriormente, no séc XVI
surgiu o Protestantismo que em via
de regra prioriza o ramo antioqueno – o método histórico gramatical
2. O
excessivo pragmatismo nas Igrejas
A maioria de nós não se interessa
pelas questões teológicas, a maioria só quer saber do que é funcional. Gregório
de Nissa, um dos pais capadócios da Igreja retrata justamente o oposto; Em sua
época, a controvérsia teológica predominante era se o Filho era nascido do Pai
ou Co-existente com o Pai, portanto, se existia ou não a Trindade, e Gregório
relata que se você fosse ao mercado, o povo diria do Gerado ou não-Gerado, isto
é, se o Filho era criado pelo Pai ou então se o Filho era Co-Existente com o
Pai. A experiência toda nos mostra apenas que naquela época o povo
interessava-se por teologia. O que é justamente o oposto dos dias atuais, nós
só queremos o que funciona, independentemente de como aconteça, se viola ou não
os princípios de Deus.
3. Os
atuais “Judaizantes”
No pacto com Israel, Deus se
revelou através de símbolos, de instrumentos terrenos com aplicação espiritual.
Os atuais judaizantes trazem símbolos para a Igreja com a intenção de trazer um
mover de Deus sobre a Igreja. Esquecem-se, porém que tudo isso era simplesmente
uma figura de Cristo e que nele temos recebido do Pai toda a sua plenitude.
4. Ênfase
exagerada em questões triviais
Para exemplo: O batismo nas
Águas.
Os anabatistas versus pedobatistas.
Imersão versus aspersão
Imersão versus aspersão
Há grupos protestantes que
praticam o pedobatismo e há exemplos na história de batismo por Aspersão, o
próprio Ambrósio batizou Agostinho dessa forma (por Aspersão).
Para Exemplo: O retorno de
Cristo:
Pré-Tribulacionistas versus
Pós-Tribulacionistas
Amilenistas versus milenistas
Independente se o Senhor vem
antes, durante ou depois da Grande Tribulação o fato é que estaremos com Ele
para Sempre. Independente se haverá o reino Milenar ou não, nós seremos sempre
seus súditos, noiva e filhos.
O grande segredo é diferenciar
entre Dogma, Doutrina e Adiáfora.
Dogma é aquela crença que
qualquer cristão genuíno tem como por exemplo: A crença na ressurreição dos
mortos, a crença na Trindade, a Crença na Volta de Jesus, a crença de Jesus é igualmente
Deus e igualmente homem.
Doutrina é aquela crença que faz
pouca ou nenhuma diferença como por exemplo: Se o batismo é por aspersão ou imersão,
se é infantil ou adulto.
Adiáfora é a maneira como a
Igreja administra esses sacramentos: Se é lícito ouvir ou não música secular,
se é presbitério, se é congregacional etc.
O mais importante dentre todos
esses é o dogma, o problema atual é que priorizamos muito mais a adiáfora do
que ao dogma.
Posto que já apresentamos
sinteticamente algumas possíveis razões para tal evangelho eivado como
Solucioná-lo?
Voltando para a Palavra de Deus
Em 2 Timóteo 3:16 se diz que toda
a Escritura é útil para:
Ensinar – Informar se os costumes
e usos das Igrejas são bíblicos ou não.
Repreender – Reprovar nossos erros, apontar nossa deficiência espiritual.
Corrigir – Trazer-nos novamente para o caminho certo do qual saímos.
Educar – Formar em nós o conceito que Deus tem acerca de qualquer coisa.
Repreender – Reprovar nossos erros, apontar nossa deficiência espiritual.
Corrigir – Trazer-nos novamente para o caminho certo do qual saímos.
Educar – Formar em nós o conceito que Deus tem acerca de qualquer coisa.
A única coisa que não volta vazia
para Deus é sua Palavra.
Como então, voltar para a Palavra?
1. Examinando
cuidadosamente:
Os fariseus na época de Jesus a
examinavam – João 5:39.
Os judeus bereanos na época de
Paulo a Examinavam – Atos 17:10-11
Conferindo a Escritura com a
Escritura (Analogia da Fé) – 1 Coríntios 2:13
2. Praticando-a
As Escrituras nos foram dados
para mudar nossa vida e não para acúmulo de conhecimento. Tiago 1:21-23
3. Ensinando-a
Quando estamos ensinando somos
obrigados a estudar acuradamente para não ensinar heresia (2 Timóteo 2:2)
O único caminho seguro é a volta para a Bíblia! Um povo que como Lutero tem a consciência cativa somente a Deus e sua Palavra. Vamos retornar não a Jerusalém, mas a Palavra!
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