História da Igreja - 1ª Parte: A Igreja Apostólica
O QUE É HISTÓRIA?
A palavra “história”, de origem grega, vem de histor – aquele que sabe,
que conhece, conhecedor da lei, juiz. Pode ser definida como narração metódica dos principais fatos
ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida da humanidade em geral.O termo foi cunhado por Heródoto (484 – 425 AC) e tinha as seguintes conotações: informação, relatório, exposição.
A história por razão didática tem
sido dividida em quatro períodos. A divisão clássica é:
1) Idade Antiga – De 4000 AC até 476 DC – Começa com
a Escrita e termina com a queda de Roma.
2) Idade Média – Começa com a queda de Roma e
termina com a Queda de Constantinopla, abarca o período de 476 a 1453 DC.
3) Idade Moderna – Inicia com a
queda de Constantinopla e termina com a Revolução Francesa, abarca o período de
1453 a 1789.
4) Idade Contemporânea – Inicia-se em 1789 e
estende-se até os nossos dias.
Há várias razões para o cristão interessar-se pela História, Geral e Eclesiástica:
1) O Deus judaico-cristão é o
Deus da História;
2) A bíblia, pilastra normativa
de crença, doutrina e vivência dos cristãos é a junção da revelação de Deus na
História;
3) O próprio dado religioso se constrói na
História, em meio aos fenômenos políticos, sociais e econômicos;
4) Existe também na Teologia
Disciplinar, uma Teologia Histórica.
Teologia Histórica procurar entender como a igreja interpretou a Escritura e desenvolveu suas doutrinas desde os apóstolos até o presente.
A História da Igreja se divide em seis períodos gerais:
1) A Igreja Apostólica – Da Ascensão de Cristo a Morte
de João, apóstolo.
2)A Igreja Perseguida – Da morte de João ao Edito de
Constantino.
3) A Igreja Imperial – Do Edito de Constantino à queda de
Roma.
4) A Igreja Medieval – Da queda de Roma à queda de Constantinopla.
5) A Igreja Reformada
– Da queda de Constantinopla à fim da Guerra dos trinta anos.
6) A Igreja Moderna - Do fim da Guerra dos trinta anos ao século XX.
Para começarmos nosso estudo da História da
Igreja, faremos agora um passeio sintético pelo Novo Testamento:
Período Interbíblico: O pano de Fundo do Novo Testamento
Ao falarmos de Novo Testamento,
temos de nos lembrar como Deus providenciou meios para a maior expansão do
Evangelho já no período interbíblico (meados de 400 AC até 5 AC
aproximadamente).
O período Interbíblico foi um período
bastante produtivo; nesse tempo, ocorreu a produção dos livros apócrifos, a
tradução da LXX, helenização de todo o mundo conhecido, a oficialização do
idioma grego, a vitória dos Macabeus sobre Antíoco Epifanes e assunção do
governo Romano. Jesus Cristo nasce nesse contexto, na plenitude dos tempos.
Uma Síntese do Novo Testamento: O Prelúdio da Igreja
As informações iniciais sobre a
Igreja estão registradas no Novo Testamento, especialmente em atos dos apóstolos.
O Novo Testamento foi escrito em cinqüenta anos começando sua narrativa com os
prenúncios dos nascimentos de João Batista e Jesus Cristo, respectivamente e
culminando com a volta de Jesus Cristo em Glória.
O Novo Testamento tem oito autores (nove, se consideramos
hebreus de autoria desconhecida):
Apóstolos – Mateus, João, Pedro, Paulo.
Companheiros dos apóstolos – Lucas e Marcos
Irmãos do Senhor – Tiago e Judas
Companheiros dos apóstolos – Lucas e Marcos
Irmãos do Senhor – Tiago e Judas
O Novo Testamento tem 27 livros respectivamente:
* Evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas e João.
* Histórico: Atos dos Apóstolos
* Epístolas: Romanos a Judas
* Profético: Apocalipse
* Evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas e João.
* Histórico: Atos dos Apóstolos
* Epístolas: Romanos a Judas
* Profético: Apocalipse
A IGREJA APOSTÓLICA – ANO 30 A 100 DC.
O nascimento na Igreja
Quanto ao nascimento da Igreja há
muita divergência quanto a data. Os adeptos da teologia federal afirmam a
igreja ser o Israel de Deus, quanto aos demais, afirmam eles que a Igreja
nasceu no pentecostes no ano 30 EC.
A Igreja teve inicio na cidade de
Jerusalém, evidentemente nos primeiros anos a atividade da igreja limitava-se
aquela cidade e arredores. Aramis C de Barros diz que durante os vinte
primeiros anos a igreja era composta apenas por judeus. Naquela época a igreja
se reunia coletivamente no Cenáculo e no Pórtico de Salomão.
a.
Membros
Originariamente eram todos
judeus, divididos em três classes distintas:
1. Hebreus
(Atos 6:1; 21:40) – Aqueles cujos antepassados habitavam a Palestina, eram eles
os verdadeiros israelitas. Falavam em Hebraico.
2. Helenistas
(Atos 2:9-11; 6:9) Judeus da Dispersão, isto é que habitavam em terra
estrangeira e falavam grego; fora da Palestina era o povo mais numeroso, rico,
culto e liberal
3. Prosélitos
(Atos 6:5) – Pessoas não judaicas que renunciavam ao paganismo, aceitavam a Lei
judaica sendo circuncidados. Não devem ser confundidos com os “Devotos,
tementes a Deus”, pois, estes em contraposição àqueles não eram circuncidados e
não observavam as minúcias da Lei.
b. Forma de Governo
A forma de governo da Igreja
Primitiva parece ser Representativo, exercido pelos presbíteros da Igreja,
conforme se vê em Atos 15 e outras passagens da Escritura.
A EXPANSÃO DA IGREJA: Perseguições chegaram
Jesus deu um esboço para a Igreja
em Atos 1:8 e o livro de atos mostra seu cabal cumprimento:
Jerusalém e Judéia: Atuação da Igreja durante 20 anos e palco
de Atos 1 a 7
Samaria: Evangelismo narrado em Atos 8 a 12
Confins da Terra: Evangelismo narrado de atos 13 – 28
Samaria: Evangelismo narrado em Atos 8 a 12
Confins da Terra: Evangelismo narrado de atos 13 – 28
Na noite de 18 de Julho de 64, o
imperador Nero ateou fogo em dez bairros de Roma, incêndio esse que durou seis
dias e sete noites e responsabilizou os judeus e cristãos por tal atrocidade,
começando aí uma cruel perseguição à Igreja, no meio dessa perseguição, os apóstolos
Paulo e Pedro são mortos. Tiago, Filho de Zebedeu já havia sido decapitado em
44 DC. Paulo morre decapitado, Pedro
morre crucificado.
No ano 70, Vespasiano cercou
Jerusalém, matou bastante pessoas, a tal ponto de faltar madeira para
crucificar pessoas. No mesmo ano, Vespasiano inaugura o coliseu romano e mais
de dez mil pessoas foram mortas em cem dias.
No ano de 81, Domiciano acende ao
governo e mata sua esposa Flávia Domicila e seu parente Flávio Clemente por
serem cristãos. É conhecido como “Segundo Nero” por sua crueldade. É nesse
tempo que o apóstolo João é desterrado à ilha de Patmos e recebe a revelação do
Apocalipse em cerca de 96 EC, João morre em Éfeso, conforme tradição, aos cem
anos de idade, por motivos naturais. Aqui encerra-se, de modo muito sucinto a
história da igreja primitiva, a igreja apostólica.
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