Comentário sobre o Natal
Por:
Marcos Júnior*
Resolvi
juntar-me aos muitos amigos que se manifestaram nessa rede social acerca do
comportamento cristão e apropriado diante do Natal; portanto, expressarei minha
opinião acerca dessa festa, e, como Lutero disse com acerto, opiniões são
seguidas se quisermos, pois não são a infalível Palavra de Deus. Então, você
pode, se quiser, discordar de mim e das minhas proposições, mas tal
discordância não implica que abandonarei minha opinião tão facilmente. Então,
sem mais delongas, vamos ao que interessa.
Respondendo
àqueles cristãos sinceros, piedosos e tementes a Deus, aos quais amo e admiro,
mas que dizem que o natal não deve ser comemorado por cristãos, por se tratar
de uma festa dedicada ao deus Sol, celebrada no dia 25 de dezembro que foi
incrementada ao calendário cristão diante do ecumenismo romano pós Constantino,
e que, portanto, trata-se de uma festa pagã; digo que: Devemos agir como
Orígenes, o pai da Igreja grega, famoso por cunhar a expressão "despojar
os egípcios", uma linguagem figurada retirada do Êxodo de Israel do Egito.
Ao utilizar essa expressão, Orígenes queria dizer que é válido tomar a verdade
das fontes pagãs, quando estas são úteis para esclarecer a mensagem do
Evangelho à pagãos interessados. Isso concorda com o pensamento de Agostinho de
Hipona, que diz que "Toda verdade é a verdade de Deus, não importa de onde
venha". Então, comemorar o natal, é um momento onde podemos juntos com
cristãos nominais, pagãos, ateus, agnósticos, anunciar que "hoje, na
cidade de Davi, nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor". (Lucas 2:11),
mesmo que eles não acreditem, por tradição estão honrando o nascimento do
Deus-Homem.
Respondendo
àqueles que dizem tratar-se de uma festa originada na mitologia de Semíramis,
mulher de Ninrode, personagem bíblico de Gênesis 10:10, homem que a lenda diz
ser o primeiro escravagista da história, e que casou com sua própria mãe, que
foi morto, mas que Semíramis diz ter-se reencarnado em seu filho, uma criança
chamado Tamuz, o mesmo deus do Sol mencionado acima, que justamente nasceu
segundo se diz em 25 de dezembro, inclusive, pseudo-deus este adorado por
Israel no exílio, digo que,despojemos os egípcios. Aproveitemos a ocasião, para
esclarecer que toda civilização antiga, tinha em seu escopo de religião, o
nascimento de um deus que viria para ser o salvador do mundo.
Aproveitemos
a ocasião para relembrar que, por mais distorcida que seja a imagem
apresentada, ela não deixa de ter uma verdade; Todos os povos antigos, sabiam e
esperavam que o Cristo viria para nos libertar. Tanto é assim, que Eva, ao
conceber Caim, pensou já, em se tratar do descendente prometido. O original de
Gênesis 4, diz "Alcancei um homem como filho, o Senhor". Bom, se o
natal é tão benéfico assim para fins evangelísticos onde podemos ressaltar que cada
cultura antiga tinha a esperança da vinda de um salvador divino e que é um meio
mesmo que por tradição, onde juntos com todos, relembramos a concepção virginal
do Deus encarnado, minha concepção é que podemos celebrar o natal sem dor na
consciência, afinal "toda a verdade é a verdade de Deus" e toda a
mitologia de Semíramis, anuncia ainda que distorcidamente, a verdade que um
"menino nasceu, um filho se nos deu, o seu nome será: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, o governo está
sobre o seu ombro" (Isaías 9:6-7). Celebremos o natal! Despojemos os
egípcios, afinal, comemoramos que Cristo nasceu!
Feliz
natal!
Um
abraço!
* Esse
comentário expressa unicamente minha opinião e não reflete a opinião dos demais
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