Podemos ser os próximos mártires do Cristianismo
"Uma
das coisas que marcou profundamente a minha vida foi visitar o museu dos
mártires, em Seul, na Coréia do Sul. A igreja evangélica coreana cresceu num
solo regado pelo sangue dos mártires. Milhares de crentes foram castigados até
a morte, com requintes de crueldade, na época da ocupação japonesa. Centenas de
pastores foram decapitados às margens do rio Ran. Mais tarde, na fratricida
guerra contra a Coréia do Norte, outras centenas de crentes morreram por sua
fidelidade a Cristo. Nesse museu, vimos numa enorme sala quadros singelamente
emoldurados com as fotografias de centenas de mártires. Em cada quadro havia um
breve histórico com o relato da vida, das obras, do ministério e sobretudo da
maneira cruel com que cada pessoa foi torturada e morta pela sua fé. Ali
naquela sala chorei ao ver que muitos daqueles mártires morreram sem ver o grande
avivamento que Deus enviou sobre a Coréia do Sul. Deus honra o sangue dos
mártires. O sangue dos mártires, como dizia Tertuliano, é o adubo para a
sementeira do Evangelho. Depois de observar atentamente todos aqueles quadros,
já na saída da sala, aproximei-me do último quadro. A moldura era a mesma, mas
não havia fotografia. Quando fiquei de frente para ele, havia no lugar da
fotografia um espelho. Vi o meu próprio rosto e, embaixo, uma frase lapidar:
"Você pode ser o próximo mártir". As lágrimas rolaram em meu rosto.
Reconheci que precisava ser revestido com o poder do Espírito para ser um
mártir de Jesus!"
(Rev. Hernandes Dias Lopes; Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, Espírito Santo)
Fonte: LOPES, D. HERNANDES; Pentecoste: O fogo que não se apaga; São Paulo, 1ªEd. Candeia, 1999. 64p.
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