Seja um crente racional!
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Crer é também pensar John Stott |
“Dominum autem Christum sanctificate in cordibus vestris parati semper ad satisfactionem omni poscenti
vos rationem de ea quae in vobis est spe”.
(1Pe. 3:15, Vulgata)
O apóstolo Pedro está dizendo, dentre outras coisas: “Estejam
preparados para dar aos outros a razão da esperança que há em vocês”. A palavra-chave para nós aqui é razão. Escolhi a Vulgata propositadamente para destacar o termo latino "rationem".
O distanciamento da razão
na teologia hodierna
Quase não ouvimos falar sobre a razão na teologia cristã
atualmente, contudo, isso não se deve ao fato de que os teólogos antigos não
falaram sobre ela, mas deve-se, sobretudo, ao fato de que a teologia hodierna
tem se distanciado da tradição antiga. Sem retroceder muito, temos o testemunho
controverso (é verdade) de Martinho
Lutero, todavia, antes de falarmos sobre o papel da razão para Lutero, voltemos
os olhos para alguns termos bíblicos acerca da razão.
Alguns termos bíblicos
para a razão no grego
Há uma variedade de termos gregos que são traduzidos para a língua-mãe
como razão, racional, e na Almeida
por espiritual. Aqui citaremos apenas
três.
1-) λογικός “Logicós” racional) – Romanos 12:1; 1Pedro 2:2.
2-) λόγος (“Lógos” razoável, lógico) – Atos 18:14.
3-) ἄφρων (“Aphron“ sem razão, tolo, insensato) – Romanos 2:20; 1Pedro 2:15.
2-) λόγος (“Lógos” razoável, lógico) – Atos 18:14.
3-) ἄφρων (“Aphron“ sem razão, tolo, insensato) – Romanos 2:20; 1Pedro 2:15.
O testemunho de Lutero
sobre a razão EM COISAS TERRENAS
“Nas questões temporais e nas coisas que dizem respeito às pessoas,
o ser-humano é racional o suficiente; aí ele não necessita de nenhuma outra luz
senão apenas a razão. É por esse motivo que, na Escritura, Deus também não ensina
como construir casas, casar, guerrear e coisas semelhantes, pois para tanto basta
a luz natural.” (Edição Completa das
Obras de Lutero, 42/22).
“Nem mesmo
após a queda de Adão, Deus tirou da razão a sua nobreza, pelo contrário, ela a
confirmou”. (Edição completa das Obras
de Lutero, livro 39, p. 175).
O testemunho de Lutero é controverso, pois ele distingue entre razão
magisterial e razão espiritual (aquela iluminada pelo Espírito Santo e é dessa
razão quando diante de Carlos V, ele disse: “A menos que convencido pela razão
pura”...).
A razão magisterial ou
secular é impotente diante de Deus. E nesse sentido, ele chega a falar dela
como “prostituta do
Diabo”. Mas somente quando sem ser assistida e vivificada pelo
Espírito de Deus ela quer intrometer-se em questões eternas, deixando seu
campo, que é o natural. Jonh Stott dizia que crer é também pensar. Jesus Cristo
veio salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, isso inclui, certamente
a capacidade racional do homem. O
presente escrito quer incentivar a usar a razão para maior glória de Deus!
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