MINHA RESENHA: A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*DA-SE (MARK MANSON)
O livro tem nove capítulos. No primeiro deles, Mark Manson traz o que ele chama de ‘sutilezas’. Para mim, o livro é, em si, uma explanação dessas três sutilezas. O livro é recheado de histórias fascinantes; começando por Charles Bukowski passando pela história de Buda, Beatles, Metallica, Dave Mustaine, Pablo Picasso, Hiroo Onoda, Shakespeare entre outros. O livro tem citações fenomenais de personalidades consagradas como Freud, Aristóteles, Tim Ferris, Mark Twain entre outros.
Mark Manson oferece uma definição interessantíssima para felicidade. A partir do capítulo em que oferece tal definição, o autor começa a trabalhar conceitos como ‘esteira hedonista’, ‘a lei do esforço invertido’, o que chamei de ‘paradoxo da extraordinariedade’.
Em determinados momentos pode parecer para algumas mentes dogmáticas que Manson trabalha relativismo. À primeira vista parece mesmo, mas só à primeira vista, pois ele está tratando sob o conceito da falsa memória tão trabalhado nos idos de 1980.
Um dos insights mais belos para mim em todo o livro, é o conceito que ele traz do fracasso e também o conceito da motivação. Motivação não vem de um impulso emocional, mas de uma decisão prática. Eu faço, logo sou motivado e porque sou motivado pela ação, continuo agindo. É o que Mark chama de princípio de faça alguma coisa.
Em outro capítulo, agora já no oitavo, Mark faz dizer que para aproveitar algo em profundidade, devemos rejeitar aquelas que promovem superficialidade. Aqui ele trabalha o chamado paradoxo da escolha.
No capítulo final, Mark Manson trabalha a perspectiva da vida à luz da morte. Aqui, faz lindas citações. Aqui ele utiliza alguns conceitos do livro a negação da morte de Ernest Becker. Nesse capítulo faz uma pequena alusão ao efeito borboleta (não ao filme em si, mas ao conceito).
Todavia, algumas ressalvas devem ser feitas. Senti falta de uma conclusão adequada. Poderia ter sido um apanhado geral de todas as ideias presentes (e são muitas!) no livro. Para as mentes mais legalistas, o livro receberá alguma censura pelo palavreado de início (o que para mim, não justifica nenhuma crítica a esse respeito, a meu ver, todos em algum momento utilizam o palavreado).
A tônica do livro é: Escolher com o que se importar, assumindo sempre a responsabilidade por eventos posteriores. Fazer isso é escolher suas batalhas. A escolha destas batalhas revela seus valores, garante suas ações, gera sua motivação, te faz aproveitar profundamente as coisas. Sempre escolhemos isso é fato. Devemos, portanto, escolher bem, afinal de contas, um dia morreremos.
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