Amando mais a Jesus

 

 Todo texto bíblico tem um ensinamento principal. Lucas 14 não é diferente. O ensinamento principal de Lucas 14 é que devemos amar mais a Jesus do que qualquer pessoa ou coisa. Isso é dito de modo explícito nos versículos 26,27,33 que dizem, respectivamente:

Convidados do Grande Banquete
Monogramista Brunswick


"Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo".

  • Devemos amar mais a Jesus do que à religiosidade.

No início do texto bíblico, estamos diante de Jesus, dos religiosos e de um homem doente. As tradições religiosas proibiam terminantemente que, no sábado, se fizesse qualquer cura. Entretanto, num sábado, Jesus cura um homem que tinha o corpo todo inchado, contrariando assim, a religiosidade humana. Convém notar que todos esses estavam juntos numa refeição oferecida por um dos principais religiosos da época.

  • Devemos amar mais à Jesus do que à honra.

As pessoas naquela refeição estavam disputando o melhor lugar. O lugar de honra. Era a honra que estava em jogo aqui, conforme explicita o versículo 10, ao dizer: "Pelo contrário, quando alguém convidá-lo, vá sentar no último lugar, para que, quando vier aquele que o convidou, diga a você: 'Amigo, venha sentar num lugar melhor'. Isso será uma honra para você diante de todos os demais convidados". Jesus orienta seu anfitrião à não procurar honra em si mesmo, nos seus atos, mas deixar essa questão à critério de Deus, a ser recebida "na ressurreição dos justos" (v. 14).

  • Devemos amar mais à Jesus do que às nossas desculpas.

Em algum momento da vida todos nós demos alguma desculpa, não é verdade? Não é diferente o caso daquele pessoal. Jesus conta uma parábola. Uma comparação. Uma ilustração natural de algo para ensinar algo espiritual. Como estava no banquete, numa refeição, Jesus usa essa refeição como ilustração de algo espiritual para seus ouvintes. Jesus conta a estória de um anfitrião muitíssimo rico que convidou muitos para uma refeição. Um por um dos convidados começou a apresentar desculpas esfarrapadas para o anfitrião. A ênfase recai aqui, portanto. O versículo 18 a realça dizendo: "Mas todos eles, (que haviam sido convidados), um por um, começaram a apresentar desculpas". Um compra um campo sem vê-lo. Outro compra juntas de bois sem experimentá-las e outro se casa. A desculpa mais plausível de todas é a do casamento, mas, apesar de plausível, não é defensável.   Essa parábola surge quando algum convidado da refeição que Jesus estava diz que uma pessoa realmente feliz na vida é aquele que comer no Reino de Deus (Cf. v. 15). Isso sugere que o locutor usava essa frase como desculpa e não como afirmação a ser recebida e aceita por ele mesmo. Jesus arremata a comparação dizendo que nenhum dos convidados –– por terem apresentados desculpas –– provaria a refeição (Cf. v. 24). 

  • Devemos amar mais a Jesus do que à relacionamentos e bens; enfim, à tudo.

Jesus coloca agora diante de grandes multidões que o acompanhavam (v. 25) a questão dos relacionamentos (pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs e própria vida) e a questão dos bens (tudo o que tem). Ele deve ser prioridade. O grande mandamento de Deus na Bíblia é amá-lo com toda a força, entendimento, alma; em resumo, amar a Deus acima de todas as coisas. O segundo grande mandamento é amar o próximo da forma como amamos a nós mesmos. A razão para tanto? A Bíblia explica em Romanos 13:10: "O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o cumprimento da lei é o amor". Ao amar o próximo como a mim, não o prejudico assim como não quero ser eu o prejudicado. Jesus exige de seus seguidores que O amem a ponto de estarem prontos a morrer por ele e com ele. Ele diz que àqueles que o fizerem, devem tomar a sua cruz. A cruz era um instrumento de tortura e morte. Só no quarto século de nossa era torna-se o estandarte do cristianismo e um símbolo de fé. Antes, no entanto, era algo vergonhoso e doloroso ao extremo; daí então que surge o termo excruciante. Aquele que tomava a cruz sabia que caminhava para a morte sem volta. Não podia olhar para trás de jeito nenhum. A viga da cruz não permitia essa façanha. O condenado à crucificação era totalmente exposto à sociedade e ao vexame, pois era crucificado nu. Jesus estava chamando os cristãos à amarem-no mais do que à vida, à família, à honra, à religiosidade; enfim, a tudo.


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