ATEÍSMO PRÁTICO

 

Johann Arndt (1555-1621) foi um pastor luterano que influenciou o movimento de renovação na Igreja Luterana chamado Pietismo. Ele escreveu sobre o ateísmo prático na Igreja.  O ateísmo prático consiste em confessar Cristo apenas com a boca, não com o coração e, frequentemente negá-lo com atos. É ser ortodoxo na mente e apóstata no coração. É saber e não viver. William Ames, autor puritano, dizia que Teologia é a doutrina do viver para Deus. Semelhantemente, Arndt dizia que Teologia não é mera ciência, mas também experimentação e exercícios vivos.  Quando há apenas consentimento intelectual a fé se torna moral. O coração fica frio mesmo com toda a doutrina correta. Esse viver é um ateísmo prático.

Li algo interessante a esse respeito no livro A Bíblia que Jesus lia de Phillip Yancey. Em certo momento, Yancey escreve: 

"Lembro-me de uma mensagem que ouvi num culto do Wheaton College na década de 1970, quando o movimento “Morte de Deus” tinha chegado ao ápice. O professor Robert Webber havia escolhido como tema o terceiro mandamento: “Não tomarás em vão o nome do SENHOR, o teu Deus”. Geralmente interpretamos esse mandamento no sentido mais restrito de não poder usar impensadamente o nome de Deus nas conversas, segundo Webber. Ele então continuou e expandiu o significado do mandamento para “nunca viva como se Deus não existisse”.

O terceiro mandamento consta tanto em Êxodo 20:7 quanto em Deuteronômio 5:11 e diz:

"Não tome o nome do SENHOR, seu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão".  (Nova Almeida Atualizada)

O 3º mandamento se coloca em franca oposição a uma vida ateia em relação aos filhos da Aliança, isto é, aos crentes no Senhor Jesus Cristo. De uma perspectiva bíblica, é inadmissível que um filho da Aliança aja como um ímpio. O ateísmo prático nos rodeia. Paulo conhecia seus perigos. Paulo se opôs fortemente a ele em suas epístolas.   

Em Tito 1:16, Paulo diz: 

"Afirmam que conhecem a Deus, mas o negam por meio do que fazem".

Essa é a essência do ateísmo prático. Afirmar que conhece e negar nas atitudes. É ser ortodoxo de pensamento e ateu na conduta. Um dos antídotos que eu tenho encontrado nessa batalha estão nas disciplinas espirituais.

  • Absorção Bíblica → leitura, meditação, audição, proclamação, memorização.
  • Oração 
  • Jejum
  • Evangelismo → Um mendigo falando a outro onde encontrou o Pão da Vida.
  • Adoração → A vida rendida diante da majestade e beleza de Deus. 
  • Mordomia cristã → repartir os recursos financeiros que Deus nos confia, além da fidelidade nos dízimos e ofertas.
Que Deus nos live de sermos cristãos nominais e ateus práticos!

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