ACALMA, Ó MINH'ALMA No auge do auge da minha agitação de hoje, Do barulho interno e da zoada louca lá de fora, Clamei ao Senhor que é o mesmo a toda hora, Que nunca muda e jamais será rude ou indiferente, Senhor! Tem misericórdia de mim e de toda a gente, Que vive balançando na corda bamba do momento. Senhor, o que eu faço? Quero viver num espaço a esmo, Numa temporada pausada, quieta, onde nada me apego. Onde tudo de repente fique muito lento e bem plácido... Bradei com todas as veras da alma o grito da dor aguda. Pare o mundo, pois eu quero parir a verdadeira calma, Aquela que nunca muda, não estressa, nem engessa. Almejo ter o Unigênito substituindo o meu pobre ego! Urge agora um silêncio interno, dentro do meu ser aflito! E que haja calmaria na alma pulsante e bem agitada, Tal qual lâmina de um lago em dia de sol e sem vento, Em mim e nos Mários e Marias que andam por aí suando, Em busca da bonança plena da graça, abrandando o ser. Sossega já, ó alma cega. Descansa lo