A oração é o próprio ato
Já ouvi pessoas dizendo que orar é clamar e depois agir em cima do que foi dito. Entendo a definição; é legítima até certo ponto. Quando me coloquei a analisa-la discordei dela. Entendia que orar já é em si um ato e o ato mais sublime que se pode ter. Recentemente encontrei a mesma postura em Karl Barth, cristão suíço do séc. XX. Ele ensina que orar é o próprio trabalho do cristão. Recuando um pouco mais no tempo temos a mesma definição em Martinho Lutero, cristão no século XVI. Ele dizia que devemos orar da mesma maneira que um sapateiro faz sapatos e um alfaiate faz roupas. Para Lutero orar é suar a alma. Olhando desta perspectiva pode parecer que a oração tem de ser trabalhosa, afinal de contas um dos grandes escritores sobre oração disse que orar é lutar com Deus; até certo ponto isso é verdadeiro. Mas oração é mais relacionamento que confronto. Fico com a definição de Clemente de Alexandria, um cristão ainda do primeiro século que disse que orar é permanecer na presença de